Os Ministérios de Cristo

“O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;” Isaías 61:1  

INTRODUÇÃO

Uma apresentação adequada do Evangelho deve revelar Cristo em toda sua plenitude como sacrifício, detentor do poder e rei vindouro. Os três ministérios de nosso Senhor são: seu ministério terreno, seu ministério celestial e seu novo ministério terreno. Nosso Salvador teve um ministério terreno no passado, Ele tem um ministério celestial no presente e Ele terá um novo ministério terreno no futuro. É de fundamental importância que os crentes reconheçam os detalhes e as relações desses ministérios.

QUESTIONÁRIO

1. O que é ministério?

Na Bíblia, a palavra grega para ministério é “diakonia” (διακονία), e indica a prestação de algum tipo de serviço ou trabalho. Assim, quem tem um ministério é um trabalhador, um servo voltado a agradar a Deus com aquilo que faz, com seu serviço.

2. Quando começa cada ministério de Cristo?

O ministério terreno de Cristo começou no seu batismo no Rio Jordão e continuou até a Sua ascensão ao céu. Seu ministério celestial começou quando Ele ascendeu aos céus e continuará até que Ele retorne à Terra. O novo ministério terreno de Cristo começará quando Ele retornar à Terra e continuará por toda a eternidade. (Mateus 3:13-17; Atos 1:6-12; I Tessalonicenses 4:16 e 17).

3. Quais são as principais obras dos ministérios de Cristo?

A obra excepcional que Cristo realizou durante o seu ministério terreno é que Ele proveu a base para a salvação por meio de sua perfeita obediência, sua morte sacrificial e sua gloriosa ressurreição. Jesus salva o homem da pena do pecado (João 3:16; Hebreus 9:26). Através de seu ministério celestial, como sumo sacerdote (Hebreus 9:24) e mediador (1 Timóteo 2:5) entre Deus e os homens, nosso Senhor torna possível a aplicação da salvação por meio da atuação do espírito de Deus, que Ele enviaria da parte do Pai. Esse poder age na transformação do caráter do homem e na sua conduta moral. Em Seu novo ministério terreno, Cristo tornará possível a consumação da salvação na vida dos santos glorificados. Quando Jesus retornar (Hebreus 9:28), Ele transformará o corpo do crente da mortalidade para a imortalidade (I Coríntios 15:51 e 52).

4. Quais características possuem o serviço pastoral de Jesus?

Em seu ministério terreno, Ele mostrou-se como o Bom Pastor quando se entregou para a morte sacrificial pelas suas ovelhas (João 10:11). A bênção registrada em Hebreus 13:20 e 21 apresenta Jesus como o Grande Pastor em seu ministério celestial. No seu novo ministério terreno no futuro, Jesus é descrito como Sumo Pastor (1 Pedro 5:4). Como Bom Pastor, Jesus criou o relacionamento legal adequado entre o crente e Deus; como Grande Pastor, Ele torna possível a própria relação vital. Através dEle, os cristãos têm um contato vivo com Deus. Como sumo pastor, Ele consolida para sempre o relacionamento do remido com Deus.

5. De que forma a Santa Ceia identifica os três ministérios de Cristo?

A Santa Ceia, instituída por nosso Senhor Jesus, é em memória, em testemunho e é profética. Em memória: A Igreja de Deus participa da Ceia, antes de tudo, em memória da morte sacrificial de Cristo. Ele disse: “Fazei isto em memória de mim” (1 Coríntios 11:24 e 25). Os redimidos sempre serão lembrados que são pecadores salvos somente pela graça de Deus e pelo sangue de Cristo. Em testemunho: Participando do pão e do cálice, o crente testifica a constante comunhão que ele mantém com Deus e com o Cristo ressurreto. “Nossa comunhão é com o Pai e com seu filho Jesus Cristo” (1 João 1:3). O partir do pão revela que o crente é parte da Igreja, o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:27). O cálice representa o sangue de Cristo não somente como ofertado em sua morte, mas também como o poder que purifica o crente do pecado (1 João 1:7). Profética: Anunciamos que cearemos juntos com o mestre no reino futuro. Jesus disse: “E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai” (Mateus 26:29). Paulo escreveu: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1 Coríntios 11:26).

6. Quais são os três processos da salvação?

a) Salvação da Pena do Pecado. Pela sua morte sacrificial, Jesus nos salvou da pena do pecado (João 3:17). Ele pagou o salário do pecado por nós. Ele removeu nossa culpa e condenação. Quando o pecador aceita o sacrifício de Cristo através da conversão, ele é salvo da penalidade do pecado. Agora já não há nenhuma condenação sobre ele (Romanos 8:1); ele está justificado perante Deus.

b) Salvação do Poder do Pecado. Quando Cristo torna-se senhor de nossas vidas, o espírito de Deus passa a habitar em nós. Andando em espírito, o crente não cumpre o desejo da carne (Gálatas 5:16). Quando uma pessoa se rende a esse poder transformador e vive em verdadeira obediência a Deus, ela é progressivamente salva do poder do pecado.

c) Salvação da Presença do Pecado. A presença do pecado é a evidência do pecado em um ambiente. Quando Cristo retornar à Terra e começar seu novo ministério terrestre, Ele nos salvará da presença do pecado. Toda evidência do pecado será eventualmente removida; os pecadores serão destruídos (Apocalipse 20:11-15). Ele transformará nosso ambiente, este planeta, de maneira que “a Terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar” (Habacuque 2:14).

CONCLUSÃO

Um dia Deus nos dará um corpo imortal, semelhante ao de Cristo, mas é necessário termos a mente semelhante à de Jesus antes de termos um corpo semelhante ao dEle. Devemos tomar parte dos benefícios do ministério terreno de Cristo (Seu sacrifício) e de Seu ministério celestial (o espírito de Deus que Ele enviou da parte do Pai e habita em nós) antes de tomar parte nos benefícios de Seu novo ministério terreno (ressurreição para a imortalidade e glória).

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